A enigmática Esfera de Buga, descoberta na Colômbia, voltou a atrair atenção internacional após declarações do médico e pesquisador norte-americano Steven Greer.
Segundo ele, amostras retiradas do objeto foram submetidas a testes de datação por carbono-14 no Centro Aplicado de Estudos de Isótopos da Universidade da Geórgia (EUA).
O resultado divulgado aponta que a Esfera de Buga teria 12.560 anos, com margem de erro de ±30 anos. Isso colocaria a peça em torno de 10.610 a.C., um período anterior ao florescimento das civilizações humanas conhecidas.
Amostras analisadas: polímeros e resinas da esfera
A datação não foi feita diretamente sobre a parte metálica do objeto, mas em fragmentos de polímeros ou resinas presentes em pequenos orifícios localizados na faixa equatorial da esfera.
Esse detalhe é crucial: o método de carbono-14 só pode ser aplicado a materiais orgânicos ou de origem vegetal, já que depende do decaimento radioativo do carbono.
De acordo com as informações divulgadas, esses fragmentos foram cuidadosamente enviados para o laboratório, onde passaram pelos processos técnicos necessários para calcular sua idade.
O número final, superior a 12 mil anos, levantou novas especulações sobre a real origem do artefato.
O impacto da possível datação.
Se a idade atribuída à Esfera de Buga for confirmada por fontes independentes, o resultado terá enorme impacto científico e cultural.
Na arqueologia, artefatos com essa antiguidade sugeririam que sociedades tecnologicamente avançadas existiam milhares de anos antes das civilizações conhecidas, como os sumérios ou os egípcios.
Na ufologia, o caso reforçaria a hipótese de que a esfera seja uma forma de tecnologia não-humana, possivelmente associada a visitantes extraterrestres no passado remoto.
Na história das civilizações, abriria margem para discutir a existência de culturas perdidas que poderiam ter alcançado níveis de conhecimento muito além do esperado para a época.
O lado cético da questão.
Apesar do impacto da alegação, a informação até agora circula apenas em sites especializados em ufologia, redes sociais e portais independentes.
Não há, até o momento, publicação acadêmica revisada por pares ou relatório técnico completo que confirme o resultado do teste de carbono-14.
Pesquisadores céticos lembram que análises desse tipo exigem documentação detalhada, incluindo contexto arqueológico, metodologias de coleta e calibração de resultados.
Sem esses elementos, é impossível confirmar com segurança que a esfera realmente remonta a 12.560 anos.
Pontos que levantam dúvidas.
Alguns aspectos ainda precisam ser melhor esclarecidos:
Associação da amostra ao objeto – não está claro se a resina datada fazia parte originalmente da esfera ou se foi depositada posteriormente.
Natureza do material – o carbono-14 só funciona em matéria orgânica. Se a resina for contaminada ou alterada, os resultados podem ser enganosos.
Falta de relatório oficial – não foi divulgado um documento técnico completo com detalhes de preparação da amostra e cálculos laboratoriais.
Publicação limitada – até agora, as alegações só foram replicadas em portais não acadêmicos.
Possibilidade de contaminação – amostras antigas podem ter absorvido carbono moderno, distorcendo os resultados.
O que seria necessário para confirmar de forma convincente.
Para que o caso da Esfera de Buga seja aceito pela comunidade científica, seriam indispensáveis alguns passos fundamentais:
Publicação do relatório oficial emitido pelo laboratório da Universidade da Geórgia, contendo dados técnicos completos.
Revisão por pares em revistas científicas de arqueologia ou física nuclear.
Repetição independente das análises em outros centros especializados em radiocarbono.
Estudos complementares como análise metalúrgica, espectrometria de massa e contextualização arqueológica do local de origem.
Documentação da coleta, com registros visuais e testemunhas independentes, garantindo autenticidade do material.
Mistério em aberto.
Enquanto não surgirem provas independentes, a Esfera de Buga continuará sendo um dos maiores enigmas já associados a supostos artefatos anômalos.
Para uns, trata-se de evidência clara de tecnologia não-humana preservada por milênios. Para outros, um caso de interpretação precipitada, alimentada por falhas de documentação e falta de transparência científica.
Seja qual for a explicação definitiva, a Esfera de Buga já ocupa um lugar de destaque na lista de mistérios que desafiam nossa compreensão sobre a história e a tecnologia da humanidade.
Fonte: infocusnews
(Imagem Ilustração/Esfera de Buga/Créditos:ChatGPT)